10 de set. de 2008

O Alfredo partiu de Brasília, após se formar em música na universidade’, para viver em São Paulo o sonho de viver de música. Nesses quase 10 anos em que viveu em São Paulo, Alfredo fez gravações de inúmeras expressões populares, como congado, maracatu rural, entre outras. Assim como rituais religiosos como o do caroço no Maranhão e dos índios Pankararu de Pernambuco.

Alfredo se diz marqueteiro porque na sua discotecagem ele toca, quase que exclusivamente, os sons captados pelo selo que criou. E na segunda noite de apresentação, Alfredo montou um time de grandes músicos da cidade, para juntos apresentarem o repertório, quase que completo, do disco Garrafada, recém lançado pelo selo Mundo Melhor.

O disco Garrafada é quase uma compilação de várias coisas produzidas por Alfredo, desde que mudou-se para São Paulo. O disco tem muitas parcerias e desde algumas faixas produzidas recentemente, como outras mais antigas. Mas é um apanhado de grooves e ritmos que podem muito bem ser definidos como ‘dance macumba’. E já que o grande mestre Robertinho insiste?

Alfredo começou a usar o nome DJ Tudo nas festas do ‘Afro-Futurismo’, para tentar explicar o estilo de discotecar usando ‘músicas de resgate’. Eu digo ‘músicas de resgate’ porque não é costume das grandes gravadoras fazerem esse tipo de registro e quando fazem é apenas com o intuito de resgate da expressão cultural. Com isso digo que no Brasil não existe a tradição de preservar a própria cultura. A grande maioria do público não conhece tais expressões populares, deixando claro que o Brasil não conhece o Brasil. Por isso as festas do ‘Afro-Futurismo’ causavam tanta estranheza no público e as mais diferentes reações. Tinham os poucos que adoravam o ‘dance macumba’, enquanto outros surtavam com ‘essa tal de música de candomblé’.

O show do Alfredo, na segunda noite, foi um deleite para os ouvidos. Se não fosse a péssima acústica do lugar, o público poderia ter curtido muito mais. E a estranheza do público com esse tipo de som, que acontecia nas edições da festa ‘Afro-Futurismo’, não aconteceu nesse show. Houveram poucos momentos de estranheza no show da segunda noite, mas no geral o saldo foi positivo e o show foi um sucesso.

Pôxa vida! Os caras ensaiaram na passagem de som e contaram com uma acústica terrível, e umas faixas exageradamente complexas. “As minhas músicas são um samba goiano, como dizem em São Paulo”, avisou Alfredo. E isso porque as entradas de voz nunca seguem o mesmo padrão entre a primeira e segunda parte da música.

O som do Alfredo é uma loucura, só mesmo vendo o show para entender. Então se você não baixar esse disco, eu não ‘dezesseis’ o que vai ser de você.







2008 Garrafada

1. Abertura
2. Nossa África
3. Baião de Viola/ É o dedo (com Solymar Cunha)
4. Hilaria (com Luiz Gayotto e Simone Sou)
5. Batucajé (com grupo Batucajé)
6. Rap do Rosário (com a Guarda de Moçamboque da Nova Gameleira)
7. Se ver que vai (com Junio Barreto)
8. Por um Mundo Melhor
9. Verdelinho das Alagoas (com O Grande Barco)
10. Mangangá (com Chico Correa & Eletronic band e Marcelo Monteiro)
11. Em cima daquela serra (com Lourdes de Anora e índios Pankararu)
12. Caniço pensante (com Thera Blue)
13. Desabarágua (com Gero Camilo)

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Aruera



Totalmente psicodélico
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Em dias de Surto



EM DIAS DE SURTO (Grupo de Intervenção Musical) 2000, Belo Horizonte: Três músicos que não realizaram seu sonho; um grupo musical. Havia sempre desavenças entre os integrantes. A partir de então, eles resolveram em 2002, produzirem vídeos musicais. A princípio, a imagem e o áudio eram produzidos simultaneamente e se relacionavam com a afetividade como política: "A Conexão". Este primeira experiência. Arte, Política, Vida & Cotidiano. Realizava-se com o que tinha-se na mão. Qualquer ferramenta servia como material imagético e musical. O grupo separa-se em 2003. A partir de 2004, o grupo retorna com seus três componentes principais: Alexandre Peixoto (Alex Pix), Dellani Lima (Tuca) & Rodrigo Lacerda, Jr (K Lacerda) e alguns agitadores convidados; Bruno Alcântara, Carlos Garcia Elias, Farinha Zazu & Fernando Lage. Com o nome "Em Dias de Surto", começou-se a produzir a experiência com intervenção, música e improviso. Blues, Samba, Punk, Eletrônica, Repente, Candomblé, Caos e Sinceridade. Letra, Dança e Música como intervenção política e afetiva. Uma retomada de nossos vídeos musicais; finalmente como uma banda ou mesmo um grupo intervencionista, tudo aos mesmo tempo, aqui & agora; coração & mecânica. Em 2004, a primeira intervenção: "Lexotam" (2004). Depois "Rivotril" (2005) e "Odol" (2006). A principal essência da banda é o processo; a sintonia entre os movimentos, os músicos, os instrumentos e as letras, sinceridade como inspiração; um improviso entre amigos. A intervenção é o verdadeiro princípio. "A música; o que ficou como registro sonoro; apenas nos deixa boas lembranças, daquelas tardes entre amigos, naqueles finais de semana; melancólicos e solitários". Mas durante as gravações de "Odol", Lacerda e Pix não suportam a indisciplina e as loucuras alcoólicas de Tuca; dissolveram a banda; até que ele desse um jeito em suas compulsividades. No outono de 2007, Tuca resolve se tratar e convence Lacerda a gravar o melancólico"No Caminho da Quietude" (2007). Álbum recheado de melodias religiosas e temas existenciais. Também como um Duo, grava com Pix o visceral "Matilde". Com o bom resultado das gravações, o grupo volta a se reunir como um trio e realiza mais dois projetos que dão continuidade às suas pesquisas sobre a “cultura popular brasileira”: “No Terreiro É Assim” & a demo “Rascunhos Etílicos”. Pesquisas a partir da cultura afro-brasileira & das canções bregas realizadas no Brasil nas décadas de 70 & 80. Enquanto preparavam o enigmático "9 de Outubro", novamente expulsam Tuca, durante as mixagens do material. Bebia demais e dava muito trabalho. Ele segue sua pesquisa individualmente, intitulada “Às Almas Penadas & Aos Amores Impossíveis”. Sobre o nome de “Abelardo + Os Caboclos Do Mato”, também recentemente (2007) realizado. Mesmo sem o "garoto problema", o grupo continua com a pesquisa a partir do Jazz, dos clássicos do Punk & de músicas contemporâneas. Nos primeiros dias de 2008, a pedido de Dellani, o trio se reune e grava o triplo "Jans nos jardins de nossas casas". considerado o trabalho mais erudito. Conta ainda com a participação do violoncelista Breno Haj e do percussionista Nelsinho Percussa. As sessões foram prazerosas e reviveram o espírito do grupo. Inspirados pelo novo morador da TAZ, o trio grava "Che Que Vaz" (2008).Em homenagem ao gato Che. Durante uma reunião para o ensaio de Ana Morais, resolvem lançar "Universal Vinyl". Registros sonoros do ensaio imagético e sobra das sessões de "Che q vaz". Insatisfeitos com o resultado de "Universal Vinyl", tomam uma decisão responsável por dois dos melhores trabalhos do "em dias de surto". "first step to the future" com seu clima anacrônico e letras que denunciam o medo indica uma nova postura estética que se concretizaria no álbum seguinte. Ainda niilista, mas defendendo uma política anti-capitalismo, o trio grava o álbum "Köpi" em defesa dos squats e espaços auto-sustentáveis.

A política do grupo é a intervenção; produções (como os áudios e as músicas) são licenciadas sob Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

1 - Rivotril 03mg
2 - Köpi
3 - Lexotan 3mg
4 - Odol 4mg
5 - Exilado no Chão
6 - Revolutionary Flag
7 - Rivotril 04mg
8 - Filhos Dourados do Sol
9 - Lado Negro da Força
10 - Stöhnen
11 - A Triste História de Nós
12 - Odol 1mg
13 - Se Eu Soubesse
14 - Na Casa Que Tem Maria
15 - Vamos Dançar a Meia Noite
16 - Seven Milligrams Only
17 - Quero Sair de Mim
18 - Solidão em Notas Improvisadas

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O Rappa - 7 Vezes

01- Meu Santo Tá Cansado
02- Verdade de Feirante
03- Hóstia
04- Meu Mundo é o Bar
05- Farpa Cortante
06- Em Busca do Porrão
07- 7 Vezes
08- Monstro Invisível
09- Maria
10- Súplica Cearense
11- Ininho da Vida
12- Documento
13- Respeito pela Mais Bela
14- Vários Holofotes

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