Alfredo se diz marqueteiro porque na sua discotecagem ele toca, quase que exclusivamente, os sons captados pelo selo que criou. E na segunda noite de apresentação,

O disco Garrafada é quase uma compilação de várias coisas produzidas por Alfredo, desde que mudou-se para São Paulo. O disco tem muitas parcerias e desde algumas faixas produzidas recentemente, como outras mais antigas. Mas é um apanhado de grooves e ritmos que podem muito bem ser definidos como ‘dance macumba’. E já que o grande mestre Robertinho insiste?
Alfredo começou a usar o nome DJ Tudo nas festas do ‘Afro-Futurismo’, para tentar explicar o estilo de discotecar usando ‘músicas de resgate’. Eu digo ‘músicas de resgate’ porque não é costume das grandes gravadoras fazerem esse tipo de registro e quando fazem é apenas com o intuito de resgate da expressão cultural. Com isso digo que no Brasil não existe a tradição de preservar a própria cultura. A grande maioria do público não conhece tais expressões populares, deixando claro que o Brasil não conhece o Brasil. Por isso as festas do ‘Afro-Futurismo’ causavam

O show do Alfredo, na segunda noite, foi um deleite para os ouvidos. Se não fosse a péssima acústica do lugar, o público poderia ter curtido muito mais. E a estranheza do público com esse tipo de som, que acontecia nas edições da festa ‘Afro-Futurismo’, não aconteceu nesse show. Houveram poucos momentos de estranheza no show da segunda noite, mas no geral o saldo foi positivo e o show foi um sucesso.
Pôxa vida! Os caras ensaiaram na passagem de som e contaram com uma acústica terrível, e umas faixas exageradamente complexas. “As minhas músicas são um samba goiano, como dizem em São Paulo”, avisou Alfredo. E isso porque as entradas de voz nunca seguem o mesmo padrão entre a primeira e segunda parte da música.

O som do Alfredo é uma loucura, só mesmo vendo o show para entender. Então se você não baixar esse disco, eu não ‘dezesseis’ o que vai ser de você.
2008 Garrafada

1. Abertura
2. Nossa África
3. Baião de Viola/ É o dedo (com Solymar Cunha)
4. Hilaria (com Luiz Gayotto e Simone Sou)
5. Batucajé (com grupo Batucajé)
6. Rap do Rosário (com a Guarda de Moçamboque da Nova Gameleira)
7. Se ver que vai (com Junio Barreto)
8. Por um Mundo Melhor
9. Verdelinho das Alagoas (com O Grande Barco)
10. Mangangá (com Chico Correa & Eletronic band e Marcelo Monteiro)
11. Em cima daquela serra (com Lourdes de Anora e índios Pankararu)
12. Caniço pensante (com Thera Blue)
13. Desabarágua (com Gero Camilo)
baixe aqui